Prticas Corporais - Expresso De Voc Mesmo

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Aps um longo inverno...
Carssimos! Como esto? Praticando muito ou ainda na contemplao de um programa de exerccios fsicos? O comeo sempre difcil e manter-se no programa traz seu esforo, mas os benefcios compensam.
Hoje iremos tratar do terceiro conceito que abordamos no ltimo encontro, ou seja, falaremos sobre as Prticas Corporais. Como um conceito ainda novo preciso ter mais ateno e estar disposto a receber contedo novo.
As Prticas Corporais vem da discusso das reas das humanidades, cujo foco central est no sujeito, na pessoa real, aquela que est sujeita s alegrias e dissabores da vida, que tem desejos, aspiraes, frustraes, se enamora e suporta a rejeio. Estamos falando de um corpo vivo. Como assim?
Quando estamos tratando de aspectos fisiolgicos, anatmicos, fora em determinado seguimento, flexibilidade em outro, estamos focando no que alguns autores denominam de estudos pelo corpo morto. Focamos no segmento ou doena, no estamos preocupados na pessoa em si, e este um primeiro passo para a desumanizao, fator predominante na rea da sade, seja ela qual for, medicina, educao fsica, fisioterapia, etc.
Nas Prticas Corporais o sujeito expressa quem ele por meio de seus gestos, movimentos e atividades. Ele escolhe o qu, como e quando. O Porqu a sua identidade com a atividade. Se gostar de danar, dana. Se so as lutas, ou um perodo de corrida, folclore, modalidades esportivas, prticas orientais, tanto faz, desde que o sujeito esteja na deciso. O aluno participante para montar e criar a aula junto com o profissional. Ele expe seus desejos e o profissional tem as condies tcnicas de concretiz-los na medida do possvel.
Quando pensamos em programas de sade pblica e promoo da sade isso fundamental. Uma razo a motivao e continuidade ao programa e permanecer ativo, outro que no se pode ter sade sem que a pessoa seja o foco central. Esse ser o tema dos nossos prximos encontros, mas j posso adiantar que mudar a mirada da doena para a sade no assim to fcil e muitas vezes preciso abdicar de algumas situaes cmodas para ns.
Ento, quando falamos de Prticas Corporais, no estamos negando todo o conhecimento biolgico e os benefcios pelos programas de exerccios fsicos, estamos sim ampliando nossa viso e conhecimento para que seja de forma mais completa, participativa e democrtica.
Vamos pensar na seguinte situao; voc foi criado em uma comunidade de conflitos e j na sua casa e na sua escola era ensinado algum tipo de arte marcial, ou defesa pessoal, no s como segurana mas como ludicidade e competies esportivas em geral. Voc cresceu com isso e vivenciava isso trs vezes por semana. Acontece que voc e sua famlia se mudam para um local onde essas prticas so consideradas agressivas e que sua atividade fsica agora seja a de exerccios de musculao ou natao. Voc acha que ir estranhar? Antes voc tinha o toque do corpo e agora no mais, antes voc combinava o treino com seu parceiro e agora pode ser que fique sujeito s ordens do treinador, antes havia a inteno de manter seus sentidos prontos para a defesa e agora dizem quem isso no vale nada e que no existe a possibilidade de continuar e aprimorar o que j fazia parte de seu cotidiano. Para completar, a roupa que voc ter que usar na natao ou na musculao de uma cor e modelo que voc no gosta e no se identifica. Ser que voc vai continuar por muito tempo, mesmo que todos digam que isso para sua sade?
O exemplo acima, dado de forma bastante caricata, apenas para mostrar que o sujeito importante e que muitas vezes no possvel chegar aos objetivos estipulados pelas leis e normas porque no levamos em conta a pessoa.
Entretanto, para algumas pessoas, aquelas que esto sem condies fsicas para programas de atividades fsicas, necessrio um perodo de treinamento fsico para dar suporte aos seus desejos e conseguir realizados sem riscos reais.
Espero que tenham gostado e que tenha sido til.
Um abrao e at nosso prximo encontro.
Mande seus e-mails para [email protected], ficaremos muito felizes com sua participao.
Douglas Cerqueira Ferdinando professor de educao fsica do Servio de Geriatria do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP (Brasil), mestre em Sade Pblica e proprietrio da SUPERAO Prticas Corporais para a Sade.

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